sexta-feira, 15 de maio de 2020

MULHER E SEUS PAPÉIS CONTEMPORÂNEOS





                 Na sociedade patriarcal a mulher desempenhava o papel de mãe e esposa, não possuindo liberdade e sempre submissa, sendo suas funções a promoção da segurança e organização do lar. Entretanto, desde o final do século XIX o papel da mulher na sociedade brasileira vem sofrendo modificações e a mulher vem assumindo uma série de papéis que antes se referiam prioritariamente aos homens, trazendo maiores demandas para as suas carreiras profissionais e busca por estudo, deixando áreas antes primárias, como a maternidade e o casamento, em segundo plano. Neste cenário a mulher passa a ocupar um lugar mais ativo ao sair de casa e se inserir no mercado de trabalho, passando a interferir na renda familiar e conquistando o direito de ditar regras, fazendo com que o papel do homem seja reconstruído.
                Devido a isso, desenvolveram-se novas formas de condutas e práticas nos modelos de família e em suas regras, o que, por consequência, influencia a sociedade em seu geral. No início dos anos 90 a houve uma redefinição de papéis e identidades masculina e feminina. Foram as lutas e reivindicações dos grupos feministas que ajudaram as mulheres na sua emancipação e entrada no mercado do trabalho e dos estudos. Além disso, também contribuíram com essa questão as mudanças macroeconômicas relacionadas com o declínio da manufatura e o aumento dos setores de serviço e consumo que levaram as mulheres a saírem do ambiente doméstico e virarem mão-de-obra nas fábricas.
                Pode-se citar os avanços científicos, principalmente a invenção da pílula anticoncepcional que promoveu as mulheres emancipação reprodutiva que rompeu com o determinismo biológico que sustentava a diferenças de papeis na sociedade. Apesar dessa liberdade a influência dos papeis tradicionais ainda geram conflitos.
                 Para algumas permanecer no ambiente doméstico significa estagnação e frustração, assim, o trabalho traz um significado de reconhecimento social e econômico, de satisfação e realização pessoal; entretanto, para outras, o trabalho pode-se tornar motivo de culpa e sofrimento pela maternidade tardia ou por não conseguir se dedicar 100% ao papel de mãe.
                Vale ressaltar que sentimentos negativos em relação a uma vida pessoal que se afaste do ambiente doméstico relaciona-se com uma cultura machista e tradicional que enxerga a mulher como submissa e subserviente ao lar. Para além, a mulher sente o peso das mudanças ocorridas dentro de uma sociedade patriarcal.
                Nas últimas décadas, registraram-se índices maiores de estresse feminino comparado ao masculino ao longo do tempo, devido a sua dupla jornada de trabalho (trabalho fora de casa e trabalho doméstico) e carência de atendimento especializado. Também constam maiores queixas físicas daquelas que trabalham fora em relações as donas de casa, como por exemplo:

  •  gripes;
  • dores pélvicas;
  • abdominais;
  • ansiedade;
  • crises de hipertensão;
  • cefaleias.

Logo, a mulher contemporânea parece estar em uma luta continua de sobrecarga de funções e exigências.



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