As
crianças demonstram mais facilmente, que os adolescentes ou jovens, um
desconforto após a separação. Os adolescentes e os adultos, apresentam
menos expressão comportamental, porém manifestam mais queixas físicas.
Saliento
que os limites da significância clínica dos sintomas variam de acordo
com os fatores culturais. Pois diferentes culturas têm diferentes
expectativas sobre autonomia, nível de supervisão, hábitos de sono,
caraterísticas do lar (número de divisões e quartos), e o papel dos pais
no cuidado das crianças (tomar conta delas em casa ou deixar na
creche).
O que fazer diante da ansiedade de separação?
Dicas que podem ajudar:
- Com os bebês, brincadeiras de esconder podem ser interessantes. A mãe ou o pai sai do campo de visão do filho, e em seguida retorna, mostrando que existe a ausência, mas também o retorno.
- Não saia escondido. Conte para a criança que precisa sair e, na medida do possível, explique o motivo e o horário volta, lembrando sempre que imprevistos acontecem.
- Não tenha medo de sair. Os pais não devem reforçar o comportamento da criança evitando a separação ou recompensando e ausência de alguma forma (por exemplo: deixar que ela durma na cama dos pais, deixar que falte à escola, levá-la junto em todos os compromissos).
- Seja natural nos momentos de despedida, com atitudes positivas. Quando os pais estão tranquilos, a criança tem mais facilidade de entender a separação. Se os pais demonstram culpa, tristeza ou dificuldades para se despedir, o filho normalmente encara a situação como algo ruim. Lembre-se que os pais são os modelos das crianças.
- Ajude a criança a pensar em coisas legais que irá fazer durante esse tempo. Atividades na escola, brincadeiras com os amigos, passeio com os tios ou avós.
- Não repreenda o choro. A criança normalmente não consegue entender seus sentimentos, e o choro é a forma que encontra para se expressar.
- O tratamento inclui psicoterapia e, possivelmente, o uso de ansiolíticos.